Jurisprudência em Magento
Publicado em 25/04/2011 às 11h32, por: Andre Gugliotti
Aproveitando o gancho dos posts que venho escrevendo sobre como estudar Magento Commerce, há um termo que uso fazendo uma analogia com a jurisprudência: em Magento ainda não há jurisprudência, muita coisa deve ser decidida a partir do zero.
Antes, explicando de forma prática o que é a jurisprudência no Direito (perdoem-me, juristas, sou leigo na área). As leis não são exatas, elas sempre são escritas buscando ter o máximo de precisão, mas são passíveis de interpretação. Penso que essa seja a graça da área, pois os conceitos mudam, as situações mudam e advogados e juízes trabalham em cima do melhor para cada um dos processos. Jurisprudência é quando um juiz decide sobre uma situação, criando um clima favorável para que outros juízes também decidam dessa forma. Esse conjunto de decisões passa a ter uma força comparável à da lei e a orientar advogados e juízes dali em diante.
No Magento Commerce acontece algo semelhante: o software é novo, mesmo com seus três anos de lançamento e há muito por fazer, muitas situações de uso e muitas variáveis a controlar. Então, problemas surgem a todo instante e nem sempre a resposta está na documentação oficial.
Quando algum membro da comunidade se depara com um problema, um esforço para saná-lo é iniciado, trocando-se mensagens nos fóruns do Magento e postando a solução, quando ela é encontrada. Essas conversas ficam à disposição de todos e podem ser usadas como base para resolver problemas antigos e novos. A questão é que muita coisa ainda não foi resolvida ou não está escrita. Para muitos dos problemas, uma busca no Google ou no site do Magento Commerce não retorna nada, nem mesmo pistas de qual pode ser a solução. O caminho para sanar a dificuldade passa por soluções novas, que uma vez encontradas poderão ser disponibilizadas para todos.
Será que a analogia está incorreta? No Magento ainda não temos jurisprudência! Não há “decisões anteriores” para serem seguidas, mas sim, “novas decisões” a se tomar. Isso afasta quem quer tudo mastigado, roteiros prontos e how-tos detalhados, mas certamente atrai quem quer estudar e se diferenciar.
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