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Minhas impressões sobre o Meet Magento Brasil 2015

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Meet Magento Brasil 2015 - imagem: André Gugliotti

Posso adotar duas linhas para falar do Meet Magento Brasil 2015. Na primeira, posso dizer que o evento foi morno. Na segunda, posso dizer que o evento foi um sucesso. E começo fazendo uma declaração: o Carlos Hix, da GHX Consult, foi um herói em fazer esse evento nesse ano.

Explico: no final do ano passado, quando comecei a preparar o planejamento do Bargento 2015, percebi o quanto esse ano seria difícil para eventos. As empresas do setor estavam reclamando de preços e de corte de custos e pensavam em destinar toda a sua verba para eventos grandes, onde pudessem aparecer mais e obter maior retorno sobre o investimento. Os custos tinham perspectiva de explodir (o que de fato aconteceu) e com isso, os riscos seriam maiores. Por conta disso, eu desisti de fazer o Bargento esse ano, mas o Carlos não só não desistiu, como partiu para um espaço maior, onde os participantes pudessem ser melhor acomodados. Se as coisas dessem errado, quem iria bancar a conta seria ele e mais ninguém.

Se partirmos desse ponto, o evento foi um sucesso. Vi eventos maiores que o Meet Magento com menos pessoas e aquele sensação de fim de festa. No olho, digo que o número de participantes foi o mesmo do ano passado, a imensa maioria de desenvolvedores. Isso me permite fazer outra observação: os lojistas estão escolhendo eventos (também por causa do orçamento limitado) e buscando aqueles que tenham palestras mais voltadas para os seus interesses.

As palestras foram um problema. Fiquei com a sensação de mais do mesmo e até entendo os palestrantes, que precisam apresentar conceitos básicos, pois parte do público ainda é iniciante. Com isso, a parcela dos participantes que já conheciam o assunto e queriam ver coisas novas ficou decepcionada. Não consegui acompanhar a palestra do Ben Marks, sobre o Magento 2, mas a sensação que tive é que era uma continuação do ano passado, sem que o Magento 2 tivesse sido finalmente lançado.

E as palestras não são um problema apenas do Meet Magento. Sendo radical, afirmo que está quase impossível encontrar boas palestras nos eventos de e-commerce brasileiros. A impressão que tenho é que os nossos palestrantes ainda não entenderam que uma palestra puramente comercial não serve para nada. Também não entenderam que é preciso ser didático e claro, construindo uma linha de pensamento, explicando o problema, mostrando as possíveis soluções e dizendo como implementá-la.

As palestras que acompanhei traziam slides cheios de textos, confusos e difíceis de acompanhar. Quando traziam dados, não permitiam olhar o contexto geral e entender o que eles significavam. Não estou dizendo que isso é errado, mas podemos avançar, podemos buscar novas técnicas de passar conteúdo e formas de cativar a plateia. Ouvi de um participante que ele preferia ficar em pé para não dormir. Isso faz com que os eventos de um modo geral fiquem burocráticos e afastem quem já tem um pouco mais de experiência. Ao invés de cumprir a função de educar e espalhar conhecimento, torna-se apenas um dia de diversão (o que não é a função do evento).

Resumindo: dado o contexto geral de 2015, penso que o Meet Magento tenha sido excelente. Dado o que podemos fazer, ainda falta muito. E isso não depende do Carlos Hix, não depende de mim, não depende de um pequeno grupo. De todo modo, a semente está lançada! Três anos seguidos de eventos de Magento no Brasil já criaram uma base, vamos ver como serão os próximos anos.

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