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Pensando Magento…

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Magento Commerce - imagem: guiadophp.yoonix.com.brQuando me perguntam se é fácil aprender Magento, normalmente eu respondo “depende”! Depende muito do nível em que o profissional se encontra, com suas experiências e aprendizados, além da vontade que se tem em realmente aprender e mesmo basear uma carreira em Magento Commerce.

Nas palestras eu costumo dar o meu exemplo: eu sou formado em engenharia civil e lá em 2003, por causa das dificuldades que o mercado da construção enfrentava, mudei os rumos e comecei a trabalhar com desenvolvimento de sites. De lá pra cá, passei por mudanças e correções de rumo, mas apesar de não ser desenvolvedor, atingi um bom nível entre os profissionais Magento no Brasil. Como eu tive o primeiro contato com o Magento ainda nas versões beta, no final de 2007, e só comecei a realmente desenvolver lojas em 2009, minha caminhada não foi propriamente “curta”.

Porém, hoje eu posso afirmar que seu sucesso em Magento não está diretamente ligado às suas experiências ou força de vontade. É claro que ser desenvolvedor web iniciante, saber mexer com CMS como WordPress ou Joomla, ajuda. Já ter conhecimentos em MVC ou PHP avançado ajuda muito mais. Querer passar horas estudando por conta, buscando material em inglês, olhando webinars ou questionando em fóruns, é essencial. Mas nada disso é suficiente. A questão fundamental é mudar a cabeça e passar a pensar Magento, quase como tornando-se fluente em outro idioma.

De novo, pra ficar claro: quanto mais experiência você tiver em desenvolvimento web e programação, melhor, ela é fundamental. Mas de nada vai adiantar se você não mudar sua cabeça e se abrir para esse novo mundo que o Magento oferece. Quer ver alguns paradigmas que precisam ser quebrados?

  • posso comparar o Magento a uma BMW completa: há uma série de acessórios que já vem instaladas de fábrica. Quando você instala o Magento, ele tem muitas funções nativas. Muitas mesmo. Muitas coisas que nunca serão usadas, mas elas estão lá. Eu só vejo isso com bons olhos, pois o que eu nunca for usar, vai ficar lá, parado, em um canto, à espera da minha necessidade. Porém, essa grandiosidade assusta os iniciantes e faz com que o software receba críticas.
  • você pode com o mesmo software fazer uma pequena loja de artesanato e uma grande loja de departamentos. A quantidade que você utilizará de recursos é diretamente proporcional ao tamanho da loja. Se você não for usar tudo, simplesmente ignore. Se você for precisar de mais recursos, habilite e prepare o ambiente.
  • ao cadastrar um simples produto, o usuário é inundado com uma série de abas e escolhas. Somando todas as opções que já vem no jogo de atributos padrão, chega-se a mais de 50 opções a configurar. Esse é outro grande paradigma: você só irá configurar todas as opções se quiser. Se não quiser, as opções mínimas são 9: nome, descrição, descrição rápida, SKU, status, preço, impostos, quantidade e status do estoque. Boa parte das outras opções são preenchidas automaticamente pelo sistema.
  • chegamos ao terceiro paradigma: tudo que você não informar o contrário, valerá a configuração padrão. Então, a maior parte do trabalho já foi feito pelos engenheiros e desenvolvedores. Boa parte das configurações já seguem as boas práticas e estão de acordo com as melhores técnicas para fazer sua loja se posicionar melhor no mercado. Você só configura o que quiser para fazer o ajuste fino.
  • não seria possível colocar um motor de 250cc numa BMW. Assim é com o Magento: para rodar bem, ele precisa de um bom servidor. Isso não quer dizer que a loja só rodará em um dedicado; eu já tive boas experiência com lojas pequenas instaladas em uma VPS com 512MB de memória. Mas sim, quanto mais a sua loja tiver acessos ou demandar recursos, melhor terá que ser o servidor e isso não é propriamente ruim.
  • uma outra forma de pensamento a ser modificada é a de trabalhar com arquivos genéricos. O Magento herda boa parte da forma de trabalho do Zend e portanto, trabalha com uma série infindável de pequenos arquivos, extremamente específicos. Quando se começa a estudar Magento (e até hoje ainda leio esse tipo de comentário) tem-se vontade de eliminar Yoav Kutner e todo o time da face da Terra. Mas depois percebe-se o quanto isso facilita o nosso trabalho. Se eu preciso de uma correção, em um determinado ponto do código, eu vou até aquele ponto e pronto. Simples e fácil!
  • por último, o banco de dados – que as primeiras informações dão conta de que será totalmente modificado na próxima versão, a Magento 2. Na versão atual do Magento, utiliza-se o esquema de EAV – Entity Atribute Value -, uma forma interessante de se atribuir múltiplos valores em cascata, permitindo que o banco cresça organicamente e essencial para um software escalável como  o Magento. Entretanto, o número de tabelas em um DB é enorme e a dificuldade para uma leitura humana dos dados é proporcional ao seu tamanho. No começo, é bem complicado – e no final também!

Se eu puder resumir o que é pensar Magento, eu diria que é “abrir a sua mente para um método de trabalho onde há um volume imenso de arquivos, chaves e configurações, onde a princípio assusta, mas depois se percebe que uma loja inteira pode ser feita mexendo em menos de 5% do código”. E isso é muito bom!

E você, como é sua experiência com o Magento? Como estuda ou aprendeu a trabalhar com ele?

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