Plataforma própria ou opensource?
Publicado em 31/05/2012 às 14h30, por: Andre Gugliotti
Desde o ínicio, o Magento é opensource. Quando a equipe da Varien começou a desenvolver o Magento, a primeira providência foi montar um blog, onde foram levantadas e discutidas ideias e sugestões que integrariam a “melhor plataforma de e-commerce já construída”. Na sequência, membros da comunidade se uniram aos desenvolvedores oficiais e deram corpo, baseado nas bibliotecas do Zend Framework a diversas versões beta e à primeira versão oficial do Magento Community, lançada em março de 2008.
Hoje, 4 anos depois, o Magento responde por 25% das lojas virtuais no mundo todo, segundo pesquisa da Ahead Works. Será que ele conseguiria atingir todo esse sucesso se não fosse opensource? Se não tivesse uma comunidade atuante e uma empresa forte suportando seu desenvolvimento?
Toda essa introdução foi para iniciar a discussão entre o que é melhor: plataforma própria ou plataforma opensource?
Ambas têm seus méritos, ambas têm suas desvantagens. Revelo a minha posição: eu acredito que uma plataforma opensource tem muito mais vantagens que uma plataforma própria, apesar de reconhecer alguma coisa boa no modelo fechado. É quase uma comparação entre Linux, Windows e Macintosh: há amantes dos três modelos e cada um tem as suas coisas boas e ruins.
Vou falar especificamente do Magento aqui, embora há outras plataformas opensource de expressão como o Prestashop. Vamos às vantagens:
- como o código é aberto, ele não tem um “proprietário”. Qualquer pessoa que pegar o código pode utilizá-la da forma como quiser, modificando, melhorando e até mesmo construindo uma nova plataforma, com outro nome e outras características (é o caso do Big Commerce, variação australiana do Magento). Essa liberdade dá grande flexibilidade para os usuários e ainda que você nunca precise dela, isso faz diferença
- ter uma empresa por trás do software, ainda que ele seja opensource, faz com que haja um desenvolvimento constante. Enquanto você está lendo este artigo, há um time de desenvolvedores trabalhando na melhoria do Magento e no que será disponibilizado na próxima versão, como novas funcionalidades, correções e serviços. Há outro time trabalhando no novo Magento 2, que será lançado em 2013. E você não paga nada por isso!
- como não há um custo de licença pelo software, você pode concentrar seu orçamento em fazer com que sua loja seja melhor, tenha um layout melhor, um catálogo de produtos melhor estruturado; pode investir em treinamento para sua equipe e aumentar suas chances de retorno
- nesse modelo, há empresas que desenvolvem em Magento ao redor do mundo. Isso significa que – ainda que haja falta de profissionais e eles faltam para todos, não apenas no Magento – você não precisa ficar preso a uma única empresa. Se ela não te atender, você pode procurar outro desenvolvedor ou Parceiro Magento
- o mesmo vale para as evoluções e necessidades particulares: no modelo fechado, você não pode desenvolver funções específicas e depende exclusivamente do proprietário da plataforma. No modelo opensource, há a possibilidade de contratar desenvolvedores e codificar ferramentas específicas para o que você precisa
- por fim, esqueça aquela história de que plataformas opensource são inseguras, pois todos têm acesso ao código. O Magento foi bem escrito desde o começo e as novas versões são testadas nos mais diversos ambientes antes da sua liberação. Muitas das possíveis brechas de segurança são resolvidas ainda ne sse estágio
Vamos seguir a discussão (de um modo elegante, é claro): por que você acha que plataformas próprias são melhores que as plataformas opensource?
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