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Meios de pagamento em lojas virtuais – parte 4/4

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Este tutorial é destinado a apresentar os principais pontos no que se refere aos meios de pagamento em uma loja virtual e está dividido em quatro partes. Você também pode buscar outros artigos sobre meios de pagamento aqui no blog.

Esse é o último artigo da série sobre meios de pagamentos em uma loja virtual. Você já viu quais são os meios de pagamento disponíveis e como eles são classificados, como oferece-los conforme a perspectiva do cliente e do fluxo de caixa da empresa. Para concluir, vamos ver como fazer a gestão de pagamentos em sua loja virtual.

7) Recebimento dos valores

Alguns meios de pagamento depositam os valores cobrados diretamente em sua conta corrente. É o caso óbvio da transferência e do depósito bancário e também do boleto bancário. Outros métodos dependem da solicitação da transferência de valores e conforme o valor solicitado, novas taxas serão cobradas.

Os processadores de cartões de crédito não cobrarão taxas para transferir os valores para sua conta corrente e normalmente isso é feito automaticamente no prazo definido. Já os facilitadores costumam cobrar taxas adicionais caso os valores a serem transferidos estejam abaixo de determinado nível ou se a transferência for feita para bancos que não estão na lista do facilitador. Também é preciso solicitar manualmente essas transferências e aguardar um período entre 1 e 5 dias para a efetiva liberação do dinheiro.

Além disso, você tem a possibilidade de usar o saldo em um facilitador de pagamentos para pagar suas próprias contas, caso o fornecedor tenha conta no mesmo sistema. Alguns deles começam a oferecer a possibilidade de pagar boletos diretamente de sua conta, sem que seja necessário sacar o dinheiro.

O ponto que mais deve ter sua atenção é se você tiver a necessidade de antecipar recebimentos. Isso acontece quando suas vendas forem parceladas, seja com o processador ou com o facilitador, e certamente incorrerá em pesados juros. Verifique bem suas alternativas e procure usar a antecipação apenas em último caso, sendo conservador no uso do dinheiro obtido com essa estratégia. Parece preciosismo, mas o descontrole em gerenciar receitas antecipadas é uma causa importante de falências: o empresário gasta tudo e esquece que essa receita não estará disponível no futuro.

8) Gestão de fraudes

Segurança em lojas Magento - imagem: Simon Jarratt/Corbis

Um último ponto que merece ser citado aqui é a gestão de fraudes. Todos os dias, golpistas varrem a internet fazendo compras falsas, recebendo os produtos em endereços irreais e enviando a conta para pessoas que nunca tiveram contato com sua loja. O pior de tudo é que, no final, o prejuízo ficará em suas mãos, pois o fraudador levou o produto e o suposto comprador não pagará por ele.

Alguns mercados são mais sujeitos a esse tipo de golpe, especialmente produtos de valor médio de compra (entre 100 e 500 reais), de revenda rápida e com facilidade para ocultar sua origem. Entre esses produtos estão eletrônicos, celulares, joias e bijuterias. Tecnicamente, o uso de facilitadores de pagamento garantiria a venda, mas nos últimos tempos isso tem mudado com o uso de artimanhas ocultas nos contratos de fornecimento de serviços.

Por exemplo, se você envia o produto para um endereço diferente daquele que foi cadastrado no facilitador de pagamento, automaticamente deixa de estar coberto pela garantia anti-fraude e perderá todo o dinheiro, mesmo que tenha sido aprovado pelo facilitador. Portanto, é importante conferir o endereço no cadastro de sua loja com o endereço cadastro no facilitador de pagamento, se esse for o caso.

Nos casos de processadores de cartões de crédito, é recomendável ter uma conta em um sistema de análise de risco, que poderá receber os dados daquele pedido e, mediante uma tarifa, que pode ser por consulta ou mensal, avaliar se aquele pedido é de baixo ou alto risco. De todo modo, no fim das contas, o bom senso do lojista é o que vale.

É sempre bem difícil dizer se um pedido é uma fraude ou se é real, mas alguns elementos costumam estar presentes em uma fraude:

  • O pedido é no nome de uma pessoa, com residência em um determinado estado, mas a entrega é para outra pessoa, em um estado completamente diferente. Parênteses: ultimamente, como é fácil obter dados pessoais, há ainda a possibilidade de todos os dados estarem corretos e ser um golpe.
  • Os números de telefone soam “estranhos”, com códigos de área diferentes do endereço do cliente. Quando você liga pra esses números, os telefones informados nunca estão disponíveis.
  • O endereço é um lugar em obras (e isso é difícil de pegar, pois o Google Maps não é atualizado todas as semanas): o golpista espera na frente da obra e recebe o produto, como se fosse o comprador.
  • Uma mesma pessoa faz duas ou três compras seguidas em sua empresa, em horas ou dias, primeiro de baixo valor e depois com um valor maior e mandando para um endereço diferente. Provavelmente, ele está testando, sempre com dados falsos, se sua empresa tem controles anti-fraude.

Não tenha vergonha de ligar para o telefone informado e falar com o cliente para confirmar os dados. Você pode dizer que se trata de uma política de qualidade da empresa – nunca diga que há a suspeita de fraude – e se ficar dúvidas, busque outras formas de validar, até mesmo procurando apoio em seu fornecedor de pagamentos. Apesar de ser um pouco duro de afirmar, é melhor atrasar uma entrega e garantir que ela é real a enviar correndo e descobrir que foi enganado.

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