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Vendendo através do celular, o M-commerce

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M-Commerce - imagem: Rainer Holz/Westend61

Algumas semanas atrás, falei do f-commerce, o comércio via Facebook, e de como não acredito nas vendas diretamente via redes sociais, já que as pessoas não entram no Facebook para comprar e sim para se relacionar com os amigos e familiares. Há uma outra variação de e-commerce que, no entanto, eu acredito e penso firmemente que você deva prestar atenção: o m-commerce.

M-commerce é o comércio eletrônico via dispositivos móveis. No início, estava mais relacionado a smartphones e a compra via aplicativos ou sites dedicados a telas pequenas, menores que 4″. Não que necessariamente qualquer compra feita em um dispositivo móvel possa ser entendida como m-commerce, mas a gama de possibilidades aumentou: hoje temos smartphones com “telas gigantes” e uma coleção de tablets de todos os tamanhos.

Para entender o m-commerce e avaliar como sua loja virtual pode ser melhor preparada para esse segmento, vamos pensar em duas situações:

1) Fazendo uma pesquisa em um smartphone

Alguém aí duvida que passamos uma grande parte dos nossos dias no trânsito ou em deslocamento, dentro de um ônibus, trem ou metrô? É verdade que não se pode utilizar o celular enquanto dirigimos, mas atire a primeira pedra quem nunca consultou um site enquanto estava parado no trânsito. Em transportes públicos, a cena é ainda mais comum e as pessoas praticamente não olham mais a paisagem, tendo os olhos grudados nas telinhas.

Não é difícil esperar que entre as redes sociais, os comunicadores e os sites visitados pelas pessoas nesses deslocamentos estejam lojas virtuais. O ponto aqui é: será que as pessoas estão prontas para comprar nessas situações? Elas podem estar e estarão ainda mais prontas à medida que tecnologias como carteiras virtuais avançarem, já que ninguém costuma pegar o cartão de crédito e digitar os dados enquanto está se equilibrando dentro de um ônibus.

Essas pessoas normalmente estão pesquisando produtos e recolhendo informações para tomar uma decisão posterior. Aqui entram itens importantes como qualidade do conteúdo, clareza, facilidade de leitura e adaptação a telas pequenas, além da facilidade de adicionar os itens a listas de comparação e favoritos. Os visitantes de seu site estão navegando por ele e não concluirão a compra naquele momento. Por isso, é importante que de alguma forma, seu site tenha memória e possa lembrar dessas informações mais tarde – e até mesmo em outras máquinas. A Amazon faz isso, sabendo o que você visitou mesmo em aparelhos diferentes (se você estiver logado, é claro).

Aqui entra outro ponto: no Brasil, não temos o costume de nos identificar ao navegar por uma loja e a maioria dos cookies não dura muito tempo. Às vezes, colocamos os produtos no carrinho e no dia seguinte, não temos mais os produtos, mesmo acessando a mesma máquina. Portanto, se pensarmos em m-commerce como esse tipo de acesso, telas pequenas, em movimento, você deve ter em mente que é preciso ter facilidade de uso em situações que não são as mais confortáveis e persistência, no sentido de recordar os dados de navegação em outras máquinas e dispositivos.

2) Navegando em um tablet

A outra situação não entra necessariamente na categoria de m-commerce, pois os tablets mais comuns no mercado praticamente abrem as lojas virtuais como são abertas em um computador convencional. Aliás, muitas casas já contam apenas com um tablet, sem desktops ou notebooks, o que faz com que eles sejam o principal meio de acesso à internet.

Ainda assim, há algumas situações aqui que devem ser alvo da preocupação do lojista. O primeiro ponto está ligado ao item anterior: a facilidade de transporte de um tablet faz com que ele esteja presente em muitos lugares que não sejam o ambiente doméstico. Enquanto se espera para ser atendido no dentista, um consumidor pode tranquilamente conectar-se ao Wi-Fi do consultório e navegar pelas páginas de sua loja virtual. Aliás, nem sei mais porque as salas de espera ainda tem revistas.

No entanto, o maior ponto a ter a atenção do lojista aqui é chamado de responsividade, a capacidade de um site adaptar-se a diferentes resoluções de tela. Faça o teste com seu tablet: entre em alguma loja virtual e veja como as informações aparecem. Há uma barra de rolagem horizontal na parte de baixo? Não deveria ter! Os elementos estão visíveis sem que fiquem sobrepostos ou ocultos por trás de outros? Não deveriam estar. As imagens abrem em tamanhos adequados? Se são pequenas demais ou grandes demais, algo está errado. Agora vire seu tablet e veja se o site acompanha, sendo redimensionado para a nova largura. Por fim, entre no mesmo site em um computador comum e veja como ele se comporta.

Além da disposição dos elementos, é importante checar outro ponto: a usabilidade. Um tablet é acionado pelo toque e as dimensões dos dedos são bem maiores que a ponta da flecha do mouse. Quantas vezes você já se pegou tentando clicar em um botão e se viu obrigado a voltar pois havia clicado no link ao lado?

Ainda que m-commerce seja mais restrito que isso, é importante que você tenha uma loja funcional em dispositivos móveis, mesmo se seus usuários não costumem comprar por ali. Pra completar, há alguns meses o Google vem punindo sites que não estão adaptados para esses dispositivos. Se o conforto de seu cliente ainda não havia forçado você a se mexer, o Google o fará.

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